Quanto custa viajar para a Argentina?
Fuja do óbvio quando pensar em Argentina. É claro que a capital continuará sendo o seu pit stop favorito por aquelas bandas, mas não deixe de se aventurar por outras áreas que o país pode te oferecer. Afinal, a Argentina pode também garantir um passeio pela Patagônia, pela região dos vinhos ou até mesmo pelas zonas arqueológicas!
Por conta disso, os valores também variam muito: a Patagônia tem preços acima da média, por exemplo, enquanto em Buenos Aires você sentirá menos pressão no bolso do que em São Paulo ou Rio de Janeiro! Mas, via de regra, o país hermano não aplica preços mega abusivos, transformando-o em um dos primeiros destinos de viagem para quem pretende ir para o exterior.
Ficou indeciso sobre o que conhecer por lá? Sem problemas! O Quanto Custa Viajar fez uma seleção das melhores regiões para explorar na Argentina. São elas:
Buenos Aires e arredores
O que você verá: Vida noturna e cultura argentina
Muitos daqueles que vão à Buenos Aires pela primeira vez caracterizam a capital do país como uma “São Paulo mais charmosa”. Com fortes traços de colonização europeia, a comparação não é de todo descabida. Com uma efervescência cultural e noturna bastante similar à apresentada pela maior cidade do Brasil, Buenos Aires é a principal porta de entrada do país e, também, parada obrigatória para todo e qualquer viajante que vá para lá.
Em território hermano, o viajante terá a chance de se esbaldar na gastronomia portenha (não deixe de jantar em Puerto Madero!), além de ter a chance de conhecer um pouco mais da cultura local, como o tango. Aliás, ir a um dos shows dessa dança tão tradicional não deve faltar no seu roteiro! Os museus dão conta da parte cultural, assim como dar aquela bela caminhada pelas regiões históricas, caso de Caminito e San Telmo. Agora, as grandes estrelas da cidade são as casas noturnas, bares e restaurantes, que fervem até altas horas e garantem uma experiência baladeira bastante interessante.
Ainda na região, o turista poderá conhecer cidades vizinhas, como Tigre, Luján e San Izidro, que também estão localizadas na Grande Buenos Aires, mas que já garantem uma experiência diferente ao viajante.
Regiões vinícolas: Mendoza e Salta
O que você verá: Muito vinho e tranquilidade em clima de romance
Duas regiões do país são verdadeiros destaques para os amantes e vinhos. Mendoza é a principal província vinícola da Argentina e, portanto, o destino preferido por aqueles que tem verdadeira paixão pela bebida. Situada ao lado da Cordilheira do Andes, em uma espécie de deserto, a área é responsável por nada menos do que 70% da produção de vinhos argentinos. Para quem opta por lá, o clima é mais desacelerado, com bons restaurantes, praças, hotéis e vinícolas para curtir. É um destino interessante para um passeio a dois, afinal um vinhozinho ao pé da montanha é para lá de romântico, não é mesmo?
Mas se engana quem pensa que só os apaixonados vão para Mendoza. A cidade também é conhecida pelos seus esportes radicais, atraindo também um perfil bastante aventureiro. Por lá, a atração principal é o Monte Aconcágua, o maior das Américas, com 6.962m de altura. Trekking, escalada e ciclismo na montanha são bem comuns, assim como a prática de canoagem e rafting. Portanto, Mendoza é bastante democrática, agradando tanto gregos quanto troianos.
Outra área de vinhos mundialmente conhecida é Salta, onde se encontram os vinhedos com maior altitude do mundo (é possível encontra-los a até mesmo 3.000 metros acima do nível do mar!). Com forte herança colonial que pode ser observada em sua arquitetura, o município também se destaca pelos seus desertos de terra vermelha, vales e montanhas com neve. Outra atração imperdível são as suas zonas arqueológicas, onde é possível encontrar múmias de incas e indígenas, sendo este o local da Argentina com maior presença de herança ancestral. Se vai à Salta, tente incluir em seu roteiro também Jujuy, que chama a atenção pelo seu estilo de vida simples, muitas paisagens montanhosas, cavalos, vacas e cactos. É uma chance única de conhecer essa área ainda pouco visitada pelos turistas, mas nem por isso menos interessante!
Apesar de serem similares em seu conceito, Mendoza e Salta não estão tão próximas assim. Não é impossível, mas também não é fácil unir as duas cidades em um mesmo roteiro. De carro, se o turista decidir parar por todos os pontos de interesse que permeiam o caminho, é possível que ele gaste até mesmo 10 dias!
Patagônia – Bariloche, Villa la Angostura e San Martin de los Andes
O que você verá: Neve e paisagens de montanha em clima de romance
Não é à toa que Bariloche é chamada de “Brasiloche” pelos hermanos. O fluxo de turistas brasileiros que visita anualmente o local é bastante alto, uma vez que o local permite algo que nós não temos por aqui: a prática de esportes de inverno, caso do esqui e do snowboarding. Além do mais, a cidade tem boa infraestrutura que garante hospedagens para lá de charmosas em clima de montanha. Mas, apesar de Bariloche ser um destino extremamente popular no inverno, também não faltam atrativos para a região no verão. Ou seja, dependendo da época do ano que você conhecer a cidade, a experiência será totalmente diferente!
Para quem quer aproveitar mais os arredores, duas cidadezinhas vizinhas que também integram a Patagônia argentina podem ser acessadas a partir do local: Villa la Angostura e San Martin de los Andes. A primeira está separada por apenas 80km de Bariloche, sendo uma boa pedida para quem alugar um carro para explorar a região. Com paisagens exuberantes, um dos mais famosos passeios de lá é a Ruta dos 7 lagos, que garante um momento “uau” atrás do outro. Para quem quer continuar o percurso, a próxima parada é San Martin de los Andes, um município de apenas 30 mil habitantes, que encanta também pelo seu estilo de vida e pelas flores que desabrocham na primavera e no verão. Lá, não deixe de visitar o Parque Nacional Lanín!
Patagônia – El Calafate, El Chaltén e Ushuaia
O que você verá: Paisagens intocadas pelo homem em clima de aventura
Agora para quem quer conhecer a Patagônia argentina “raiz” não é possível pensar em um roteiro que não tenha El Calafate e Ushuaia – e, claro, se colocar El Chaltén no meio do caminho melhor ainda. Para quem não sabe, Ushuaia é conhecida como a “cidade do fim do mundo”, sendo considerada a urbe mais austral do continente. Aqui a ideia é ter um contato mais direto com essa natureza tão esplendorosa e intocada pelo homem, mas não espere encontrar grandes opções de entretenimento. O clima é de aventura mesmo!
Outra cidade que impressiona na região é El Calafate. É bem verdade que o turista conta com apenas uma grande atração por lá, o Glaciar Perito Moreno, mas a enorme geleira já é suficiente para garantir diferentes tipos de passeios e vários momentos de tirar o fôlego. Com ares de Campos do Jordão, a cidadezinha conta com um centro histórico bonitinho e lugares interessantes para se hospedar e jantar.
A partir de El Calafate é possível também ir de carro para El Chaltén, outra cidadezinha bonita da Patagônia. Localizada a 4 horas de lá, o destino não decepciona para quem gosta de fazer um bom hiking. Algumas das trilhas mais procuradas são a de Cerro Torre e de Cerro Fitz Roy, sendo que algumas delas requerem bom condicionamento físico do viajante. O centrinho também é um charme e a cidade é cheia de mochileiros (então não tenha medo de ir sozinho para o local!).
Também de El Calafate é possível acessar Puerto Natales, a cidade que funciona como porta de entrada da Patagônia chilena. É lá que está a atração número 1 do Chile, o Parque Nacional Torres del Paine, então veja a possibilidade de também incluir o local em seu roteiro. Assim, você terá a chance de conhecer os dois lados da Patagônia!