Apesar de não ser um destino muito comum aos brasileiros, a Cracóvia vem se popularizando especialmente dentre aqueles que decidem fazer uma imersão no Leste Europeu. Considerada uma das mais belas cidades do Velho Mundo, a segunda maior urbe da Polônia abriga mais de 700 mil habitantes e conta com mais de mil anos de história para contar. Nas suas ruas é possível ver traços dos períodos gótico, renascentista e barroco, assim como da Idade Média, por meio da Rynek G?ówny, a maior praça medieval da Europa. Destaque para a Cidade Velha, o centro histórico do local que foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Segundo a lenda, a cidade polonesa foi construída em cima de uma caverna de dragão que, por sua vez, foi derrotado pelo rei Krak. Registros históricos, porém, mostram que o nome da cidade foi mencionado pela primeira vez por um mercador espanhol que falava sobre a importância da região para a Europa eslava.
Cracóvia também foi por seis séculos a capital do país, sendo o seu principal centro econômico, cultural e político. Foi ainda a capital geral do nazismo na Segunda Guerra Mundial, fato que garante uma herança histórica pesada para a região. Inclusive, para os amantes da História, lá fica a Fábrica de Schindler, imortalizada nas telonas pelo filme de Steven Spielberg, e o campo de concentração de Plaszow. A área também é o principal ponto de partida para a cidade de Auschwitz, onde se encontram as instalações que restaram de um dos principais campos de concentração da época.
A cidade polonesa também tem uma veia educacional muito forte e o ensino é gratuito até o término da faculdade por lá. Hoje cerca de 200 mil estudantes de diversas partes do mundo moram na cidade (há 15 escolas superiores na região). Dentre as instituições presentes, a mais procurada e renomada é a Universidade Jaguelônica. Fundada em 1364, a quinta universidade mais antiga do mundo também é conhecida como Academia Cracóvia (nome que perdurou até o século 19) e foi responsável pela educação de pessoas ilustres, como o astrônomo Nicolau Copérnico e o Papa João Paulo II.
Situada às margens do rio Vístula, Cracóvia é uma cidade que encanta pela beleza, história e, também, pelos preços. É hoje uma região barata do Velho Mundo, então os turistas que optam por conhecê-la não costumam reclamar dos valores de hospedagem e custo de vida. O idioma oficial é o polonês e a moeda é o zloty.
Como chegar
Não há voos diretos do Brasil para a cidade polonesa. Portanto, se você parte dos aeroportos nacionais deve se preparar para fazer uma conexão em alguma cidade europeia, como Zurique, Londres, Frankfurt ou Amsterdã. O local de desembarque será o Aeroporto Internacional John Paull II (KRK), o segundo mais movimentado do país, que recebe voos domésticos e internacionais. Agora se você já está viajando pelo continente, uma boa opção são as companhias low cost, como a RyanAir, a EasyJet, a Vueling e a polonesa LOT, que contam com itinerários interessantes a preços promocionais.
Para sair do aeroporto e chegar ao centro da cidade, é possível pegar um táxi ou Uber, que levará em média 20 minutos de percurso ou, ainda, optar por um ônibus ou trem. Nesses dois últimos casos, a viagem fica um pouco mais longa, mas compensa devido aos valores mais acessíveis.
Outra opção viável são os trens. A Dworzec Glówny PKP é a estação central da cidade e está bem conectada com outras localidades do território polonês, facilitando a vida daqueles que querem conhecer a Polônia mais a fundo. Se vier de outros países europeus, poucos são os trechos diretos. Algumas dessas escassas opções são os percursos entre Praga (na República Tcheca) e Budapeste (na Hungria) até a cidade.
Uma alternativa mais barata e similar aos trens, porém com mais opões disponíveis, são os ônibus. Eurolines e Ecolines são as principais companhias que operam percursos até a Cracóvia, partindo de diferentes pontos do continente, como Itália, França, Reino Unido e Alemanha. Vale lembrar que nesse caso as viagens são mais longas e incômodas, mas os ônibus costumam ser novos e modernos. O custo-benefício pode ser interessante, ainda mais para turistas que não estiverem com o tempo apertado.
As estradas também são boas na região, fato que permite ao viajante ainda optar pela alternativa de alugar um carro e ir até a cidade polonesa dirigindo. Nesse caso lembre-se que o automóvel não imprescindível por lá, pois o sistema de transporte público funciona bem e supre as necessidades do viajante.
Vida noturna
Muitos podem não saber, mas a cidade polonesa esconde uma carta sob a manga e surpreende quando o assunto é vida noturna. Não é à toa que a Cracóvia tem se firmado como um dos melhores destinos europeus para aqueles que querem aproveitar a vida após o horário comercial. São diversas baladas, bares, pubs e cafés que atraem jovens – especialmente mochileiros – de diversas partes do mundo. Isso acontece porque além das opções aos montes, os preços são bastante convidativos, uns dos mais baixos de toda a Europa!
Outro fato que contribui bastante para a animada noite da Cracóvia é que o local conta com uma grande concentração de estudantes. Somados os mochileiros, eles garantem uma trupe nada modesta de jovens que saem à procura de muita música e diversão. Por lá, as bebidas mais procuradas e consumidas são as cervejas e vodcas, então não deixe de experimentar alguns dos rótulos locais.
O agito principal está no centro da cidade, nas imediações da praça Rynek Glówny. Por lá o turista pode caminhar pelas ruelas e escolher o local que mais lhe agrada. Inclusive, um dos estabelecimentos mais tradicionais da região está localizado nessa área. O Carpe Diem é um bar-balada que não cobra entrada e disponibiliza ótimos drinks a preços módicos. O lugar funciona tanto como casa noturna como também cervejaria, agradando tanto os mais animados quanto os mais tranquilos.
Agora para quem quer conhecer o máximo de lugares possíveis em um curto intervalo de tempo, a boa pedida é fazer o Pub Krawl Through Krakow. Acompanhados por um guia, os participantes são levados a diferentes bares e pubs da cidade, sempre com direito a pelo menos um shot de bebida em cada um deles.
Depois de começar o seu esquenta em algum bar ou pub, a dica é escolher uma casa noturna para dançar até o sol raiar. A música predominante nesses lugares é a eletrônica, como já é comum nas cidades do leste europeu. O Frantic Club é conhecido por ser a melhor balada para quem curte esse estilo musical e, portanto, merece uma atenção especial. Outra boate que se destaca é o Prozak 2.0, que conta sempre com ótimos DJs para animar o público.