Hanói, a capital do norte do Vietnã é uma cidade que serve muito como base para explorar outras regiões do Vietnã, como por exemplo a baía de Ha Long Bay e os campos de arroz de Sapa, próxima da fronteira com a China e o Laos. Mas Hanói merece muito mais que servir apenas de base para outras regiões.
A segunda maior cidade do país, localizada ao norte do Vietnã, Hanói deixou para trás seu passado de guerras e vem se reerguendo nos últimos anos, se abrindo para o capitalismo, tanto que hoje em dia até redes de fast food americanas e lojas de grife se encontram na cidade.
Entre as principais atrações de Hanói estão: conhecer prédios coloniais e museus, ver as mulheres de chapéu vietnamita, desviar de motocicletas carregadas de gente e de coisas (algumas parecem capazes de transportar uma mudança inteira), visitar teatros, fazer compras em lojas, conhecer algumas galerias de arte e comer em barracas de rua que servem comida vietnamita; procure uma com um maior número de pessoas e experimente algo provavelmente único.
Para quem gosta de história, quer e pode pagar para se hospedar em um hotel 5 estrelas, o histórico Sofitel Legend Hotel é bem central e ainda conserva revistas e jornais da época da guerra. Aberto em 1901, Jane Fonda é uma das celebridades que ficou lá para fugir dos ataques americanos. Para quem não puder se hospedar lá, vale a visita ao local que faz parte da história da cidade.
Mas o melhor de Hanói talvez seja conhecer o labiríntico Bairro Antigo de Hanói. São cerca de 40 ruas movimentadas e estreitas, nomeadas de acordo com o produto vendido ali como por exemplo Rua das Panelas ou Rua do Arroz. Há diversas lojinhas (e são lojinhas mesmo, dessas que cabem somente o vendedor e os produtos armazenados e empilhados até o teto), onde é possível encontrar de tudo, desde comida a artesanatos. E falando em comida e arroz, aí está a base da culinária vietnamita, o arroz que é uma importante fonte de renda do país.
Então sem medo de ser feliz, encare o trânsito sem regras das motocicletas e conheça essa histórica e caótica cidade capaz de te enlouquecer à primeira vista, porém depois irá te deixar fascinado!
Como chegar
Não há voos diretos entre as principais cidades brasileiras e a capital do Vietnã. Para quem parte do Brasil, a melhor opção é escolher uma companhia aérea que faça apenas uma conexão durante o percurso. Algumas das alternativas mais procuradas são a Air France (via Paris), a Emirates (via Dubai), a Etihad (via Abu Dhabi), a Qatar Airways (via Doha) e a Turkish Airlines (via Istambul).
Hanói também é um destino comum para aqueles que estão fazendo uma viagem mais completa pela Ásia. Nesses casos, é possível comprar voos low cost de outras localidades do continente por valores inferiores a USD50. Algumas das opções são a VietJet Air, a JetStar e a Vietnam Airlines.
Vale lembrar que os brasileiros precisam de visto para entrar no país. Para quem chega pelos aeroportos da cidade, é possível contar com o Visa On Arrival. Essa modalidade de procedimento permite ao turista tirar seu visto já no aeroporto, pouco antes do balcão de imigração. É necessário contatar previamente alguma das empresas que ajudam com o processo, como a My Vietnam Visa, e solicitar uma carta de aprovação para eles. Com o documento em mãos, o viajante deverá procurar pelo balcão de vistos e em apenas alguns minutos sairá de lá com a autorização carimbada em seu passaporte. Vale lembrar que essa opção só é válida para quem chega por aeroportos. Se o seu meio de transporte for outro, como ônibus e trens, você deverá já ir com o visto do Brasil.
Para fazer o transporte entre o aeroporto e o centro da cidade há algumas opções. Os táxis não gostam de usar taxímetro, então fique de olho nos valores praticados. Algumas das melhores opções são os transfers, que podem ser contratados no próprio aeroporto ou junto ao seu hotel. Os valores ficam na casa dos USD20 por pessoa. Há também ônibus que saem do aeroporto por valores inferiores a USD1, mas essa opção não é das mais confortáveis e só deve ser considerada por aqueles que querem economizar de verdade.
Vida noturna
Para o turista que pretende aproveitar mais a capital vietnamita do que apenas utilizá-la como ponto de partida para Halong Bay, a boa pedida é fazer uma imersão no clima local após o horário comercial. Se por um lado o trânsito caótico e a mistura de ocidente com oriente dão o tom da atmosfera local, a vida noturna em Hanoi completa essa visão exótica que o viajante terá em sua mente quando for embora da metrópole.
A partir das seis da tarde, as pequenas ruas do Old Quarter, o centro histórico da cidade, se transformam em um verdadeiro conglomerado de bares a céu aberto. Isso porque grande parte dos estabelecimentos coloca nas ruas banquinhos e mesinhas de plástico, de até meio metro de altura, para iniciar um happy hour bem característico e tradicional. São esses bares, inclusive, que servem a famosa “bia hoi”, uma cerveja típica que custa algo em torno de R$1,50. Inicialmente comercializada apenas para vietnamitas, hoje a bebida é vendida para todos aqueles que se interessam em consumi-la.
Sendo um dos últimos países socialistas do mundo, o Vietnã vive hoje uma situação bastante comum ao seu regime de governo: pouco dinheiro circulando entre a população. Para driblar a falta de verba, os vietnamitas – que não podiam arcar com as tradicionais choperias – passaram a servir uma cerveja local em barris acomodados nas ruas, mais precisamente nas próprias calçadas dos seus bares, com mangueiras improvisadas para “tirar” a bebida. E é assim que a bia hoi vive até hoje, sendo uma cerveja servida de forma precária, mas que é a representação da noite em Hanói. Para ter essa experiência, vá até a rua Pho Ta Hien, que é bastante frequentada tanto pela população local quanto por turistas estrangeiros.
Ainda para sentir a vibração da cidade, as ruas Hang Dao e Hang Ngang se transformam em um mercado noturno aos finais de semana. São diversas quadras onde se vê de tudo um pouco – lá, inclusive, o turista poderá experimentar a maioria das bebidas e comidas locais. Isso porque no mercado noturno o que não faltam são barraquinhas de iguarias, inclusive que oferecem carne de cachorro (fica aí a dica para aqueles que tiverem coragem de abandonar as crenças ocidentais por alguns instantes!).