Não é difícil circular na cidade e as opções de transporte são poucas. As linhas de ônibus dão conta de boa parte dos percursos, e há também como andar na Caleches, uma romântica charrete guiada por um cavalo. Os táxis podem ser um desafio e alguns deles são compartilhados com outros passageiros. Lembre-se de pedir para que usem o taxímetro.
Muitos passeios podem ser feitos a pé, até mesmo para explorar de perto as belezas de Marrakech. A zona histórica está concentrada na Medina, Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO, cheia de ruelas e labirintos estreitos, onde fica o comércio tradicional. Para conhecer parte da cultura local, vá a Jemaa El Fna, praça onde músicos, dançarinos, encantadores de serpentes e contadores de histórias se reúnem para shows.
É nesta área que também se encontram alguns palácios, como o El-Bahia, que exibe parte da nobreza marroquina do século XIX, e o El Badii, construído no século XVI, está em ruínas mas é repleto de passagens subterrâneas e vista magnífica em seu terraço. Dentro do majestoso palácio Dar Menebhi está o Museu da Cidade, que tem um grande acervo de arte contemporânea e outra com peças de joalharia, cerâmica, moedas e vestuário.
O Museu de Arte Islâmica fica dentro do Jardim de Majorelle, que pertenceu ao renomado estilista Yves Saint Laurent. O paraíso botânico conta com plantas de diversas partes do mundo e é um verdadeiro oásis em meio a agitação local. Outro jardim que se destaca é o Menara, de onde se avista parte da cordilheira do Alto Atlas. O complexo, construído no século 12, tem entre seus encantos um lago artificial cercado por oliveiras e pomares.
As mesquitas são outro ponto alto dos passeios em Marrakech. A Kutubiyya, uma das construções mais antigas e importantes da cidade, é formada por uma torre de 69 metros de altura. Anexo a mesquita de Ben Youssef, a maior academia religiosa da cidade, está o Madrassa Ben Youssef, um esplêndido madraçal que representa bem a arquitetura e a arte marroquina.
Um dos locais históricos que merece uma parada obrigatória são os Túmulos de Saadi, descobertos no século XX. Monumentos muito bem decorados, com azulejos marroquinos zellij e outros itens, formam a paisagem concreta do local.
Na hora das compras, a área mais nova da cidade, chamada de Guéliz, traz algumas opções. Um dos edifícios mais emblemáticos é o shopping center, que une em sua arquitetura a arte muçulmana e a modernidade do ocidente, assim como também mostra a famosa estação de trem local.
Onde a pechincha falará sempre mais alto, é impossível não passar pelos souks marroquinos, um emaranhado de comércios tradicionais. Não deixe de levar uma lembrança para casa, entre artesanato, tapetes, jóias, especiarias, calçados e muitas outras coisas.
Por fim, não se esqueça de experimentar um hammam, tradicional banho árabe que funciona como uma sauna coletiva e é muito famoso entre a população. Os banhos são completos com tratamentos terapêuticos com sabão negro, máscaras de argila, óleo de Argan e esfoliação.