Chicago Bulls, Al Capone, blues e muito vento. Essas são as primeiras e mais fáceis imagens que o turista cria na sua cabeça quando o assunto é Chicago. E apesar de basquete, histórias de gângsteres, música e clima ditarem a tônica da atmosfera local, não é só isso que cidade norte-americana tem a oferecer.
Chamada de “windy city”, ou seja, cidade dos ventos, a Chicago que conhecemos hoje teve seu ponto de virada no ano de 1871, quando um incêndio devastou grande parte do município. Isso porque a maioria das casas, pontes e calçadas daquela época eram feitas de madeira! A partir de então, com forte incentivo que visava a reconstrução local, grandes nomes da arquitetura se uniram pela reedificação da cidade. E esse felizmente não foi um projeto qualquer. Os profissionais envolvidos foram bastante audaciosos e planejaram alguns dos primeiros arranha-céus do mundo, transformando Chicago em referência arquitetônica até os dias de hoje.
Situada no estado de Illinois, a cidade aparece como a terceira maior dos Estados Unidos dando ares de extravagância e entretenimento à pacata região do Meio-Oeste americano. Mas não se deixe enganar: a cosmopolita Chicago em nada se assemelha aos municípios caipiras e conservadores situados ao seu redor. Aliás, muito pelo contrário! É lá que se vê uma intensa efervescência social, como, por exemplo, no esporte – com milhares de torcedores fanáticos pelo basquete do Chicago Bulls e pelo baseball do Cubs e do White Sox. A cultura local também é bastante desenvolvida e peculiar, sendo ela bem representada por museus diversos, restaurantes estrelados e muitas casas de jazz e blues.
Outro ponto icônico da cidade é o Lago Michigan. Um dos passeios mais indicados para quem vai à Chicago é justamente velejar por lá e ver os arredores por um outro ângulo de visão. O monumento de Cloud Gate, localizado no Millenium Park, é também parada obrigatória. Assemelhando-se a um feijão gigante e espelhado, a obra garante reflexos distorcidos de tudo que se coloca ao seu redor. Um deleite aos olhos e às fotos! O Cloud Gate é tão especial que muitos viajantes fazem mais de uma visita a ele numa mesma viagem, sempre em busca de uma nuance diferenciada!
Apesar de ser a terceira metrópole mais populosa do país, com 2,7 milhões de habitantes, Chicago consegue mesclar a tranquilidade do Meio Oeste com o frenesi das grandes cidades. Essa é uma região com encantos diversos e, portanto, que agrada turistas dos estilos mais variados. Uma ótima parada para aqueles que pretendem conhecer as principais cidades do país representado pelo Tio Sam!
Como chegar
Uma única companhia aérea faz voos diretos de São Paulo para a cidade norte-americana: a United. Devido a um acordo comercial, a Azul também pode vender os trechos da United pelo seu site. Apesar de essa ser a opção mais cômoda, ela não é a mais barata. Outras companhias fazem o percurso com conexões em Nova York, Detroit e Atlanta, por exemplo, e nesses casos as passagens costumam ter preços mais acessíveis.
Para quem voa com a United, a chegada acontece pelo O’Hare International Airport (ORD), que está localizado a 17km do centro e desponta como um dos movimentados hubs aéreos do mundo. A United, inclusive, utiliza o aeroporto como sua base de chegadas e partidas. Para ir de lá a downtown, o viajante poderá utilizar o metrô (e pegar a linha vermelha e, depois, fazer uma baldeação para a azul), táxis (mas as corridas não saem por menos de US$60) ou shuttles (como da empresa Go Airport Express, que geralmente custam US$35 por pessoa).
Agora se você já está em solo norte-americano, a sua chegada pode acontecer também pelo Midway International Airport (MDW), que atende voos domésticos e está a apenas 10km do centro da cidade. Nesses casos, ambos os aeroportos podem funcionar como seu ponto de chegada, apesar de o O’Hare ainda ser mais utilizado em todas as circunstâncias.
Outras boas alternativas para ir a Chicago de outras partes do país são trens e ônibus. Os trens geralmente garantem uma viagem mais prazerosa ao turista, mas vale dizer que os preços nem sempre são baratos (muitas vezes, inclusive, são mais caros do que voos). A principal companhia que opera no país é a Amtrak, então se essa for a sua opção reserve a sua passagem com antecedência. Agora se você quer economizar de verdade, a melhor opção é ir de ônibus. É possível que você gaste apenas US$15 em viagens de até 6 horas de duração, o que com certeza é um ponto positivo para o bolso do turista.
Vida noturna
A cidade dos ventos respira música e cultura. Por essa razão, não se deixe desanimar pelo frio e encare a preguiça para conhecer tudo o que Chicago tem oferecer. Se quiser começar com algo bem tradicional, vá a alguma casa de jazz ou blues e tome um drink. Não importa muito quem é o artista da noite, geralmente todos são muito bons (mesmo que não sejam conhecidos pelo grande público). Vale lembrar que esses estabelecimentos são bastante intimistas, com palcos próximos ao público e atmosfera característica. É uma experiência única para quem visita a cidade!
A região também é palco de ritmos bem tradicionais dos Estados Unidos, como o hip hop, soul e gospel. Impulsionados pelos negros que moravam no local, os estilos musicais frutificaram em Chicago e fizeram de lá um berço musical. O que não faltam são casas noturnas que tocam esses estilos, portanto não hesite em visitar esses lugares!
Os sport bars (bares de esportes) também são bastante tradicionais por lá. Com torcedores fanáticos pelos times de basquete e baseball da região, ir a um estabelecimento para assistir os jogos dessas equipes – sempre acompanhados por uma boa cerveja – faz parte da rotina da cidade. A maioria dos bares fecha por volta das 2h ou 3h da manhã, mas é importante frisar que é comum eles pararem de comercializar bebidas alcoólicas uma hora antes de encerrarem suas atividades.
Para quem vai em busca de casas noturnas, com DJs renomados, algumas áreas do município são mais indicadas. Ao redor do Lago Michigan ficam as casas mais sofisticadas e, portanto, as mais caras também. Outras regiões bastante requintadas e procuradas pelos jovens são Wicker Park e Bucktown, onde ficam os clubes “da moda”.
Já para aqueles que querem ostentar menos, a melhor época para aproveitar a música de Chicago é no verão, quando acontecem muitos festivais musicais e florescem os artistas de rua. Muitos deles tocam até bem tarde, transformando um simples passeio pela cidade num verdadeiro entretenimento cultural.