Poucas cidades no mundo carregam o peso simbólico e histórico de Jerusalém. Considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, a cidade é um dos destinos mais fascinantes e complexos que um viajante pode conhecer. Repleta de construções milenares, ruas de pedra, cheiros exóticos, mercados vibrantes e rituais...
Poucas cidades no mundo carregam o peso simbólico e histórico de Jerusalém. Considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, a cidade é um dos destinos mais fascinantes e complexos que um viajante pode conhecer. Repleta de construções milenares, ruas de pedra, cheiros exóticos, mercados vibrantes e rituais religiosos, Jerusalém é ao mesmo tempo uma cápsula do tempo e um centro moderno e pulsante. Para conhecer o melhor da cidade, aproveite este guia de dicas de viagem para Jerusalém.
Neste guia, reunimos as melhores dicas de viagem para Jerusalém, abordando desde documentos necessários e costumes culturais até sugestões de hospedagem, gastronomia, roteiros e informações práticas para organizar sua visita com tranquilidade e respeito.
Dicas de viagem para Jerusalém
Documentação e entrada em Israel
Entre as primeiras dicas de viagem para Jerusalém está a documentação necessária: brasileiros não precisam de visto para visitar Israel por até 90 dias como turistas. É necessário apresentar um passaporte com validade mínima de seis meses a partir da data de entrada. Ao desembarcar, o viajante passa por um controle de segurança bastante rigoroso. É comum serem feitas perguntas detalhadas sobre o motivo da viagem, locais de hospedagem e cidades a visitar. Responda com calma, seja objetivo e esteja com todos os documentos impressos, como comprovantes de hospedagem e passagem de volta.
Ao entrar em Israel, você receberá um cartão azul, que substitui o carimbo no passaporte (para evitar restrições de entrada em países árabes no futuro). Guarde esse cartão com cuidado, pois ele pode ser solicitado em hotéis e aeroportos.
Aspectos gerais e costumes locais
Uma das dicas de viagem para Jerusalém mais importantes é: esteja preparado para lidar com uma mistura intensa de culturas, idiomas e religiões. Em Jerusalém convivem judeus ortodoxos, judeus seculares, muçulmanos, cristãos e armênios, cada grupo com tradições e formas de vestir próprias. O respeito à diversidade e às regras de cada espaço sagrado é essencial.
A moeda de Israel é o novo shekel israelense (NIS), e a cotação média em 2025 gira em torno de R$ 1 = ? 0,70. O idioma oficial é o hebraico, mas o árabe também é amplamente falado, além do inglês, que é bem compreendido em áreas turísticas. Jerusalém é uma cidade segura para turistas, embora a tensão política ocasional exija atenção às recomendações oficiais.
Quando ir a Jerusalém?
A melhor época para visitar Jerusalém é entre os meses de março e maio (primavera) ou entre setembro e novembro (outono), quando o clima é mais ameno. Os verões são muito quentes e secos, com temperaturas que ultrapassam os 35°C, enquanto os invernos (dezembro a fevereiro) podem ser frios, especialmente à noite, e ocasionalmente trazem neve.
Outro fator importante entre as dicas de viagem para Jerusalém é verificar o calendário religioso. Feriados judaicos, como o Yom Kippur e o Shabat (do pôr do sol de sexta até o pôr do sol de sábado), impactam o funcionamento do transporte público e comércio. Já durante festas cristãs, como a Semana Santa, a cidade recebe milhares de peregrinos e fica lotada.
Quanto tempo ficar?
Recomenda-se ficar de 4 a 6 dias em Jerusalém para conhecer com calma seus pontos turísticos principais e absorver a atmosfera do lugar. Para quem deseja visitar também Belém (na Cisjordânia), o Mar Morto ou outras cidades próximas como Tel Aviv, é interessante estender a estadia para 7 ou 8 dias.
Hospedagem: onde ficar em Jerusalém
Entre as dicas de viagem para Jerusalém mais valiosas está a escolha da região para se hospedar. As melhores áreas para turistas são:
Cidade Antiga: Para quem deseja estar imerso na atmosfera espiritual de Jerusalém, com acesso a pé aos locais sagrados. Mas prepare-se para hotéis mais simples e movimentação intensa.
Mamilla e Rechavia: Áreas modernas, seguras e próximas da Cidade Velha, com opções de hospedagem de alto padrão e comércio sofisticado.
German Colony e Ein Kerem: Bairros residenciais charmosos, ideais para quem busca uma experiência mais local.
Sugestões de hotéis:
Caesar Premier Jerusalem Hotel: O Caesar Premier Jerusalem Hotel fica próximo ao Centro de Convenções Internacional de Jerusalém e do metrô de superfície.
Os custos em Israel não são baixos, especialmente em Jerusalém, que é considerada uma das cidades mais caras do país. Veja um exemplo de orçamento para 5 dias de viagem por pessoa:
Passagem aérea (ida e volta): R$ 5.000
Hospedagem (5 noites): R$ 2.500
Alimentação (R$ 100 a R$ 150 por dia): R$ 700
Transporte e ingressos: R$ 400
Extras e compras: R$ 300
Total estimado: R$ 8.900
É possível reduzir esses valores ficando em hostels, comendo em mercados locais e optando por passeios autoguiados.
Dicas para economizar em Jerusalém
Uma das principais dicas de viagem para Jerusalém para quem quer economizar é investir em refeições em mercados como o Mahane Yehuda, onde há barracas que servem comidas típicas por preços bem mais acessíveis do que nos restaurantes turísticos. Além disso, muitos pontos turísticos importantes não cobram entrada, como o Muro das Lamentações, a Via Dolorosa, a Igreja do Santo Sepulcro e a Cúpula da Rocha (acesso externo para não-muçulmanos).
Use o transporte público (ônibus e VLT – bonde leve), que é eficiente e barato. Baixe o app Moovit para se locomover. Outra dica: compre água em mercados, pois em pontos turísticos o valor é inflacionado.
O que visitar em Jerusalém?
As dicas de viagem para Jerusalém não estariam completas sem uma seleção dos principais pontos turísticos:
Cidade Antiga: dividida em quatro bairros (judeu, muçulmano, cristão e armênio), é onde estão o Muro das Lamentações, a Via Dolorosa, a Igreja do Santo Sepulcro e o Monte do Templo.
Monte das Oliveiras: oferece a vista mais icônica da cidade e abriga igrejas importantes como a da Agonia e do Pater Noster.
Yad Vashem: o Memorial do Holocausto, emocionante e necessário para compreender a história do povo judeu.
Museu de Israel: onde está o Santuário do Livro, que abriga os manuscritos do Mar Morto.
Mercado Mahane Yehuda: mistura de feira e mercado gastronômico, ótimo para comer, comprar temperos e sentir o cotidiano local.
Belém (na Cisjordânia): apenas 20 minutos de Jerusalém, é onde está a Igreja da Natividade. Pode ser visitada em tour ou por conta própria.
Alimentação: o que comer em Jerusalém?
A comida em Jerusalém é deliciosa e multicultural. Entre as dicas de viagem para Jerusalém está experimentar pratos típicos como falafel, shawarma, hummus com pão pita, knafeh (doce árabe) e os famosos sabichs (sanduíche de berinjela e ovo). Refeições em restaurantes simples custam em torno de R$ 60. Já em lugares turísticos, o valor pode passar dos R$ 120 por pessoa.
À noite, especialmente em dias que não coincidem com o Shabat, o mercado Mahane Yehuda vira um polo gastronômico com bares, cervejarias artesanais e restaurantes modernos.
Roteiro sugerido
Um roteiro básico de 5 dias pode ser assim:
Dia 1: Chegada e caminhada no mercado Mahane Yehuda
Dia 2: Cidade Antiga (Muro das Lamentações, Santo Sepulcro, Via Dolorosa)
Dia 3: Monte das Oliveiras + Museu de Israel
Dia 4: Excursão a Belém e Monte Sião
Dia 5: Yad Vashem + bairro armênio + tempo livre
Curiosidades e observações importantes
É comum ver pessoas rezando nas ruas ou celebrando rituais religiosos.
Homens devem cobrir a cabeça (com kippah ou chapéu) ao entrar em locais judaicos; mulheres devem vestir-se com modéstia em locais sagrados.
Em dias de Shabat (sexta à noite a sábado), transportes não funcionam e muitos comércios fecham.
Evite falar sobre política local de forma leviana com moradores — o assunto é sensível e complexo.
Como se vestir em Jerusalém
A regra de ouro para se vestir em Jerusalém, especialmente ao visitar locais religiosos como o Muro das Lamentações, a Esplanada das Mesquitas, ou a Igreja do Santo Sepulcro, é a modéstia. Homens devem evitar regatas e bermudas acima do joelho; já mulheres devem cobrir ombros, colo e pernas. Saias longas, calças leves e blusas com mangas são ideais. Em muitos lugares, como sinagogas ou mesquitas, é comum que se ofereçam lenços ou saias longas para quem estiver inadequadamente vestido.
Em bairros mais tradicionais, como Mea Shearim (bairros ultraortodoxos judeus), é altamente recomendável seguir o mesmo padrão de vestimenta, mesmo que você esteja apenas caminhando pelas ruas.
Costumes e etiqueta
Em Jerusalém, o sábado (Shabat) é um dia sagrado e muitos estabelecimentos fecham do pôr do sol de sexta até o pôr do sol de sábado. Isso afeta o transporte público, lojas e até elevadores em hotéis (o "elevador de shabat" para automaticamente em todos os andares). É importante respeitar esse período e evitar fotografar ou usar o celular em áreas religiosas judaicas nesse dia.
Ao visitar mesquitas, como a Cúpula da Rocha, as mulheres devem cobrir a cabeça com um lenço, e todos devem tirar os sapatos antes de entrar. Já em igrejas, silêncio e reverência são esperados. Em todos os locais, é de bom tom pedir permissão antes de tirar fotos de pessoas, especialmente religiosos.
Levar essas orientações em conta não só evita constrangimentos como demonstra respeito pela diversidade religiosa e pela importância espiritual que Jerusalém carrega para milhões de pessoas no mundo todo.
Visitar Jerusalém é muito mais do que fazer turismo: é uma jornada de descoberta espiritual, histórica e cultural. Com tanta diversidade religiosa, beleza arquitetônica e profundidade simbólica, é impossível sair de lá da mesma forma que chegou. Esperamos que estas dicas de viagem para Jerusalém ajudem você a se preparar melhor, a entender o contexto local e a viver experiências significativas nesse destino único no mundo.
Se você gosta de lugares que desafiam seus sentidos e expandem sua visão de mundo, Jerusalém é um convite irrecusável.
Como chegar
Embora exista uma boa oferta de voos entre o Brasil e Jerusalém, não há conexão direta até Israel. Os voos chegam pelo Aeroporto Internacional Ben Gurion, na cidade de Lida, a cerca de 50 quilômetros de Jerusalém, após ao menos uma escala em alguma cidade europeia.
As principais companhias que operam o trajeto são Turkish Airlines (via Istambul), KLM (via Amsterdã), Air France (via Paris), British Airlines (via Londres) e Latam, com escala em diferentes cidades. A companhia aérea israelense El Al operava três voos semanais diretos entre São Paulo e Tel Aviv até 2011. Após o cancelamento, a empresa continua oferecendo a rota com escala em Nova York.
Do aeroporto até o centro de Jerusalém é possível seguir de trem. Apesar disso, é bom ter em conta que o transporte público pode não funcionar normalmente no período do shabat (que vai do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol de sábado). Nesse caso, a dica é optar por um táxi para realizar o trajeto até a cidade.
Cidadãos brasileiros não precisam de visto para entrar em Israel e podem permanecer até três meses no local. No momento de entrada, é necessário apresentar um passaporte com validade de 6 meses. Entretanto, o processo de imigração costuma ser mais rigoroso do que na maioria dos lugares.
Ainda no voo os passageiros receberão o formulário de imigração, que deve ser apresentado no momento de entrada e saída do país. É comum que os oficiais façam muitas perguntas aos viajantes e exijam a comprovação de documentos de viagem. Caso o turista já tenha visitado outros países que não mantém relações diplomáticas com Israel, o processo de entrevista pode ser ainda mais minucioso. O procedimento é demorado e pode se repetir no momento de saída do país - portanto, é aconselhado chegar ao aeroporto com a devida antecedência.
Vida noturna
Muita gente não pensa na vida noturna de Jerusalém, mas a Cidade Santa perde um pouco de sua religiosidade após o anoitecer.
Para começar a desbravar o agito local, a dica é conhecer os bares de Nahalat Shiva, na parte moderna da cidade. Este foi o terceiro bairro a ser construído fora das muralhas, em 1869. Hoje, a área foi revitalizada e ganhou um toque artístico. Uma caminhada por suas ruelas e becos é a oportunidade de descobrir incríveis cafés, bares e restaurantes, além de ótimas galerias de arte.
Para quem busca outro tipo de atrações, os arredores da antiga estação de trem de Jerusalém são um prato cheio. O local foi desativado há 15 anos e se tornou um dos focos da vida noturna da cidade. Além de bares, restaurantes e casas noturnas, um dos destaques da região é o centro cultural The Lab, que reúne performances de teatro, música e dança. Outro ponto de interesse é a Rua Aza. Mais afastada do centro, ela se tornou um local de encontro de artistas e estudantes por sua proximidade com a Universidade Hebraica.
As casas noturnas de Jerusalém costumam dedicar cada noite a um estilo de música. Dessa forma, a programação e o público de um local podem mudar completamente de um dia para o outro - até mesmo a configuração das mesas e cadeiras pode ser diferente. Há desde boates com foco na música pop mundial até mesmo baladas alternativas especializadas nos mais diversos ritmos.
Outro delicioso programa cultural é o show de som e luzes que conta a história de Jerusalém, o Lumière Jaffa Gate. Normalmente, as performances ocorrem ao ar livre, em hebraico e inglês, durante os meses de abril a outubro, quando a temperatura é mais amena. Apesar de ser verão na cidade, pode estar bastante fresco na área à noite, portanto, é fundamental levar um agasalho para assistir ao espetáculo.