Mesclando tradição milenar com modernidade, Pequim é uma cidade que conta com mais de três milênios de História (um feito para poucos, inclusive). Além de ser a capital chinesa há mais de seis séculos, a localidade também já havia sido a mais importante cidade política e econômica das dinastias Liao e Jin e, também, do Império Mongol, para então se tornar a capital da República Popular da China durante a dinastia Ming.
Para esclarecer quem não entende o porquê de a cidade também ser chamada de Beijing, é preciso voltar um pouco no tempo. Pequim deriva da grafia chinesa antiga (Peking), que já não é utilizada nos dias de hoje. Beijing, portanto, é o nome correto de acordo com o mandarim, sendo adotado inclusive nos Jogos Olímpicos de 2008.
Para começar a desbravar a região, vá à Cidade Proibida, guardada por muralhas vermelhas e pelo retrato de Mao-Tsé-tung. Esse lugar nada mais é do que o Palácio Imperial da China, que foi construído no século XV durante a dinastia Ming. O nome “Cidade Proibida” veio do passado, quando era impossível entrar ou sair das suas dependências sem o aval do imperador! Também não é tão estapafúrdio assim que o complexo real seja comparado a uma urbe, já que ele é enorme e se assemelha a uma vila completa. Visitar o local, portanto, é fazer uma verdadeira imersão ao filme “O Último Imperador”, de Bernardo Bertolucci, que inclusive deve ser assistido previamente para ajudar o turista a entrar no clima!
Alguns outros pontos turísticos que não podem ficar de fora são o Templo do Céu, o Palácio de Verão (Yiheyuan) e, claro, a Muralha da China (que apesar de não estar na cidade, fica a 75km de distância). Todos esses pontos mais os Túmulos Imperiais das Dinastias Ming e Qing, o Zhoukoudian, o Grande Canal e, claro, a Cidade Proibida formam o conjunto dos sete Patrimônios da Humanidade pela UNESCO que Pequim e seus arredores acomodam.
Para quem tem coragem de encarar a culinária local, a dica é ir a Wangfujing Street, uma rua cheia de barraquinhas de rua que apresenta o que a capital chinesa tem de mais tradicional a oferecer. Além de iguarias típicas mais comuns, o turista ainda poderá comer cavalos-marinhos e escorpiões, se tiver coragem!
Por tudo o que foi dito, a última das quatro grandes capitais antigas da China é um destino fascinante para aqueles que buscam entender como é possível os valores antigos ainda estarem enraizados em um povo que agora vive em uma das maiores metrópoles cosmopolitas do mundo.
Como chegar
Pode-se dizer que Pequim fica do outro lado do mundo, distante muitas horas de voos para nós brasileiros. Também não há voos direto de nenhuma cidade do Brasil para Pequim, então para chegar até é necessário fazer no mínimo uma conexão, mas várias cias aéreas voam para Pequim: Air Canada, com conexão em Toronto, Air China, com conexão em Frankfurt, British Airways, parando em Londres, American, Delta e United Airlines, fazendo conexão em alguma cidade nos Estados Unidos, KLM, parando em Amsterdã, e Air France, parando em Paris, Qatar, com conexão em Doha, Emirates, parando em Dubai, Turkish, com conexão em Istambul, Swiss, parando em Zurique, Ethiopian Airlines, parando em Adis Abeba e Latam em parceria com a Lufthansa, fazendo conexão em Frankfurt, ou seja, é só escolher qual cia aérea lhe agrada mais ou qual passagem está com melhor valor e marcar a viagem, lembrando que é necessário consultar antes se o país de trânsito exige algum visto, como é o caso dos Estados Unidos.
O mega moderno Aeroporto Internacional de Pequim fica a cerca de 30 quilômetros do centro da cidade. É o mais movimentado do país e é considerado um dos melhores aeroportos do mundo. Para sair do aeroporto com destino às áreas centrais, você pode ir de ônibus com o shuttle bus que é a escolha mais econômica, táxi, que é a opção mais cara e mais cômoda, mas pra quem está viajando com mais pessoas pode ser que compense, afinal o táxi te deixa na porta do hotel, ou então com o trem Airport Express, que é um pouquinho mais caro que o ônibus, mas vale a pena porque é bem mais rápido, o trajeto até a estação central dura 20 minutos, aí de lá é necessário outro transporte para chegar até o hotel. Para quem vai de táxi ou ônibus, o trajeto dura aproximado uma hora, tudo depende do trânsito.
Para quem está em outros locais da China e deseja conhecer Pequim, a cidade está conectada com o restante do país através de trens ou voos.
Vida noturna
Se engana quem pensa que a China ainda é um país fechado e que por isso a vida noturna não é das melhores. Nas grandes metrópoles, como por exemplo, em Pequim, as baladas acontecem de domingo a domingo.
Pequim hoje em dia conta com diversas opções de entretenimento noturno, desde cafés ao estilo ocidental, discotecas ao som de DJs internacionais, restaurantes dos mais tradicionais aos mais renomados, karaokês onde chineses bebem bastante para cantar muito mais e lounges onde a alta sociedade frequenta para tomar drinques e espumantes caros.
A partir da década de 90, novos estabelecimentos surgiram na capital da China. De estilos diferentes, de preços diferentes e em várias regiões de Pequim. Santilun, ao norte de Pequim, é o nome de uma rua que fica em um bairro repleto de embaixadas estrangeiras, e é ali também que a vida noturna de Pequim começou a se destacar. Além de embaixadas, Santilum é conhecida por muitos turistas como um local onde se encontram lojas de grifes e restaurantes badalados. Agora, Santilun também é conhecida pela vida noturna, e uma vida noturna que não é barata.
Ao oeste de Pequim, fica o Worker’s Stadium, mais conhecido como Gongti, onde grandes casas noturnas se instaram ao longo dos últimos anos. Próximo de estádio há muitas casas noturnas, todas muito modernas, com muitas luzes e ótima infraestrutura. Para quem deseja sair para baladas bem animadas, ali é o lugar. E para os estrangeiros é ainda melhor porque algumas casas noturnas não cobram entrada para turistas, tudo para atrair muitos estrangeiros para dentro da balada, pois para os chineses, balada cheia de estrangeiro é balada boa.
Para uma programação menos ocidental, tente assistir a uma Ópera de Pequim. Para nós, é de difícil compreensão, mas vale a pena pelas cores, pelo cenário e pelo vestuário. É um belo espetáculo visual.